terça-feira, 14 de maio de 2013

Mulheres se saem melhor na chefia do que homens



Foi-se o tempo em que só homens podiam chefiar uma empresa. Eles ainda ganham salários mais altos, é verdade, mas elas já ocupam mais cargos de liderança do que há 10 anos (só 15% dos cargos de presidência eram ocupadas por mulheres; hoje são 23%). Ok, a diferença ainda é grande. Mas, fiquem vocês sabendo, um estudo canadense garante: elas se saem muito melhor como chefes do que os homens.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores perguntaram a 600 diretores do alto escalão (75% deles eram homens e 25% mulheres) como tomavam decisões e cuidavam dos assuntos da empresa.

Em geral, os homens são mais quadrados, seguem as regras ao pé da letra, não fogem do tradicional. E tampouco se importam se as decisões vão agradar ou prejudicar outros empregados ou investidores. Já as mulheres preferem consultar outros membros da empresa antes de bater o martelo. Ou seja, levam em conta a opinião de toda a equipe e pensam nas consequências negativas daquela decisão. Ou seja, são mais justas. Além disso, buscam soluções mais inovadoras e arriscadas.

E isso é bom não apenas pela igualdade entre os gêneros, mas pelos negócios. “Nós já sabíamos que as empresas com mulheres na direção têm resultados melhores. Agora provamos que ter uma mulher na diretoria não é só uma decisão certa, é uma decisão inteligente”, explica Chris Bart, autor do estudo.

Então, pode até ser que eles realmente dirijam melhor um carro do que as mulheres. Mas se o caso for dirigir uma empresa, melhor deixar com elas.

Crédito da foto: flickr.com/ koencobbaert



Seus amigos valem R$ 240 mil por ano





Amizade não tem preço? Bem, tem sim — e não é barato.

Pesquisadores da Universidade de Londres resolveram calcular o quanto o bem-estar causado pelo hábito de passar tempo com os amigos equivale em termos financeiros. O resultado: 85 mil libras (ou cerca de 240 mil reais) anuais.

Enquanto isso, aumentos de salário, de fato, contribuem bem pouco para a felicidade geral do povo — é a conclusão a qual os caras chegaram analisando dados de uma pesquisa feita em cerca de 10 mil domicílios de todo o Reino Unido.

Outros números bacanas do estudo: se casar equivale a um bônus de 140 mil reais na conta bancária; se divorciar, a um débito de 390 mil; perder o emprego, a menos 400 mil.


Créditos da foto: Friends

6 curiosidades científicas sobre a amizade




A semana tá acabando e você, provavelmente, vai recorrer a alguns bons amigos para aproveitar os próximos dias de folga. Mas quer uma dica para decidir para quem ligar? Bom, parceiro que é parceiro boceja junto com você. E detesta seus inimigos. Entendeu? Não? Então dá uma olhada nessa lista de curiosidades científicas sobre a amizade.

FALAR MAL É O MELHOR NEGÓCIO
Se você estiver sem amigos, aí vai a primeira dica: falar mal dos outros é a melhor maneira de fazer amizade. Parece pobre, né? Mas é real. Pesquisadores americanos pediram a algumas pessoas para contar como nasceram as amizades mais fortes e como agiam, quando estavam juntos, em relação às outras pessoas (a tendência mais forte era falar mal do pessoal ao redor). Num teste final, perceberam ainda que as chances de você gostar de alguém aumentam quando os dois lados fazem os mesmos comentários sobre a vida alheia.

UM POR TODOS E TODOS POR UM
É que não adianta: inimigo do seu amigo só pode ser seu inimigo. Pessoas que dividem a mesma opinião negativa sobre alguém se sentem muito mais próximas. Segundo outra pesquisa americana, isso acontece porque dividir uma mesma opinião ruim acaba com aquele climão do primeiro encontro, quando, geralmente, as pessoas escondem seus defeitos. Falar mal sobre a mesma pessoa gera uma espécie de “subjetividade familiar”.

PROXIMIDADE MÍNIMA

Não adianta, se você não quiser deixar uma amizade morrer precisa manter contato. E isso exige tanto assim de você. Segundo pesquisa da Universidade de Notre Dame e da Pontífica Universidade Católica do Chile, se você quiser manter um amigo bem próximo, terá de ligar a ele pelo menos uma vez a cada 15 dias. E nunca, nunca deixe de retornar as ligações.

EMPATIA
Se cumprir esse trato implícito, vocês podem ser bons amigos. E compartilhar sentimentos – e bocejos! Sim, bocejo é uma demonstração de empatia. Durante um ano, pesquisadores da Itália saíram pelas ruas para observar e conversar com pessoas. E perceberam que entre amigos e parentes o bocejo é contagiante. Segundo a pesquisa, quando não há amizade, a pessoa até vê o bocejo da outra, mas não se deixa levar.

UM MILHÃO DE AMIGOS
Não, nem você, nem o Roberto Carlos vão ter um milhão de amigos. Existe um número máximo, postulado pelo antropólogo Robin Dunbar. Segundo pesquisa do antropólogo, nosso cérebro não dá conta de memorizar e manter laços com mais de 150 pessoas.

AMIGO NÃO TEM PREÇO
Tudo bem se você não chegar nem perto dos 150 amigos. Só o fato de ter algum amigo já vale a pena. Muito a pena: quase 240 mil reais por ano. Segundo uma pesquisa da Universidade de Londres, esse é o preço pelo bem-estar que seus amigos trazem. É ou não um bom motivo para marcar um happy hour nesse fim de tarde?

Crédito da foto: flickr.com/mathieustruck

Durma bastante para evitar o Alzheimer





Mais uma desculpa para você alongar seus minutos de sono: dormir pouco pode aumentar suas chances de ter Alzheimer, concluiu uma pesquisa feita por David Holtzman, da Universidade de Washington. Segundo ele, o comportamento pode levar o cérebro a produzir placas tóxicas, que ajudam a desenvolver a doença. Essas placas matam as células boas e impedem a "conversa" entre os neurônios.

A conclusão apareceu depois que David percebeu que essas placas aumentavam muito quando os ratos (cobaias) eram forçados a ficar acordados por mais de 20 horas diárias. O cientista disse ao site da Newscientist que dormir um período considerado regular – de oito horas por dia – já evitaria a formação das mesmas.



Tomar refrigerante é tão perigoso quanto fumar




E por isso as latas deveriam vir com rótulos de alerta sobre o perigo, iguais aos estampados nas embalagens de cigarro. É o que dizem alguns pesquisadores, depois de um novo estudo apontar que beber refrigerante pode causar diabetes do tipo 2.

Quem decidiu investigar a relação entre a doença e o hábito de beber refrigerante foi o pessoal do Imperial College, em Londres. Eles perguntaram a 12 mil pessoas já diagnosticadas com a doença sobre a dieta de cada um – e quantas latinhas de refrigerantes costumavam tomar por dia. Outras 16 mil pessoas, sem diabetes, também foram entrevistadas.

Perceberam uma tendência negativa: tomar 360mL de refrigerante (equivalente a uma lata) por dia aumenta em 22% o risco de ter a doença. E o problema não atinge apenas obesos. Refrigerante faz mal mesmo para pessoas com peso normal – só que nesse caso o risco de ter diabetes do tipo 2 sobe “só” 18%.

“Se existe algum item da nossa dieta que age como o tabaco, este item é o refrigerante [e outras bebidas industrializadas que vêm cheias de açúcar]”

Explica Barry Popkin, da Universidade da Carolina do Norte, ao Sunday Times. “Os rótulos dessas bebidas deveriam explicitar a quantidade de açúcar e alertar que o consumo tem de ser limitado”, diz Nick Wareham, um dos autores da pesquisa.

O problema é que o refrigerante parece aumentar a resistência da insulina no organismo. Por mais que a substância esteja presente no corpo, os níveis de açúcar no sangue continuam altos, o que caracteriza a diabetes do tipo 2.

Que perigo, não? Melhor trocar o refrigerante por um suco natural.


Crédito da foto: blogspot.com/fantalichiacamboja





quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ele está entre nós



É o que garantem um guarda de trânsito, um agente secreto que se veste de mulher, um assassino... Conheça a incrível coleção de pessoas que dizem ser a verdadeira reencarnação de Jesus Cristo.



Sergei não nasceu de mãe virgem nem ganhou presente dos 3 reis magos. Álvaro ainda não aprendeu a multiplicar pães e faltou às aulas de transformação de água em vinho. José Luis não andou sobre as águas e Jim não morreu na cruz. Mas isso não quer dizer que não façam milagres. Alguns até ganham certa fama por isso: fiéis com câncer alegam que foram curados por eles. Já outros, como Marshall, lideram suicídios coletivos. A maioria serve como conselheiro, com críticas à sociedade e à Igreja, e profetiza sobre o fim do mundo. Todos dizem que, em algum momento da vida, receberam um aviso e missão divinos. Em comum, uma convicção: eles são Jesus Cristo.

São dezenas de pessoas. Há exemplos de praticamente todas as etnias e continentes. Para alguns deles, encarnar o filho de Deus que se sacrificou pelos homens não basta. Suas vidas passadas incluem figuras tão distintas quanto Confúcio e a rainha Elizabeth 1ª da Inglaterra. O japonês Shoko Asahara, mentor do ataque ao metrô de Tóquio que matou 12 pessoas em 1995, diz ser Jesus, Buda e Shiva. Como ele, outros líderes com forte apelo a profecias apocalípticas e críticas à sociedade fundaram seitas que se revelaram perigosas (leia mais na pág. 74).

Mas é muito Cristo para pouca profecia. Segundo a Bíblia, o Messias foi um só e apenas ele carrega a verdadeira mensagem divina de salvação. Segundo o Apocalipse de são João, Jesus voltará à Terra para o confronto final com o diabo. É Cristo quem vai conduzir os fiéis ao paraíso. "Há divergências na interpretação das escrituras, mas, no geral, a crença é que os infiéis vão para o inferno com o fim do mundo", diz o professor Edson Martins, doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo.

No texto religioso, o Juízo Final é antecedido por uma série de catástrofes, que incluem chuva de fogo e o ataque de monstros sobrenaturais. "A incoerência é essa. O Cristo vem e traz o fim do mundo. Mas quem se diz Jesus já está aqui e o mundo ainda não acabou!", afirma Rodrigo Franklin, coordenador de graduação da Escola Superior de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Crise e fé

Apesar de incoerências como essas, o fenômeno se repete com maior ou menor intensidade nos últimos séculos. Em geral, crises econômicas influenciam na aparição e devoção a esses messias. "Vivemos ondas periódicas, de 10 a 15 anos, quando esses fenômenos aparecem com mais frequência. Nos momentos de ruptura e crise, o imaginário coletivo cria essas crenças sobre o fim do mundo. E esses movimentos devem voltar a surgir, por causa de 2012", diz Franklin. Alguns (maus) intérpretes do calendário maia, ajudados por Hollywood, se encarregaram de disseminar a data.

Nos movimentos messiânicos tradicionais, como era o de Antônio Conselheiro em Canudos, o líder prevê a chegada do messias, mas não se intitula como o próprio. "Suponho que as pessoas que acreditam ser Jesus seriam, no melhor caso, automessiânicas", afirma o historiador de religiões Robert Ellwood, membro da Sociedade Teofísica na América. Ainda quem não diga que seja pode levar a fama. Hailé Selassié 1º, patrono do movimento rastafári, não se rotulava como messias, mas seus seguidores ainda o anunciam como um novo Jesus Cristo.

O que leva um guarda de trânsito na Sibéria, um ex-agente do serviço secreto britânico ou um garçom brasileiro a dizer "Eu Sou Jesus"? Eles são doidos? Psicólogos concordam que esses Cristos poderiam ser diagnosticados com distúrbios de personalidade ou esquizofrenia. Mas só análises específicas poderiam responder à pergunta. No caso do Jesus brasileiro, o psicólogo Henri Cosí, autor de Inri Cristo: Louco, Farsante ou Messias?, aplicou testes para investigar qualquer indício de doença mental. Tanto Inri quanto seus discípulos apresentaram completa sanidade.



Conheça os novos Cristos mais inusitados da nossa época.

POLIGÂMICO - VISSARION (SIBÉRIA, RÚSSIA)

No centro da Sibéria, Sergei Torop desbravou o inverno russo como Vissarion. Por 1 ano, difundiu os ensinamentos de seu livro O Último Testamento de Cristo. Arrebatou seguidores e, em 1992, eles instalaram sua terra prometida na vila de Petropavlovka. Torop era casado e trabalhava como guarda de trânsito. Com a crise após o fim da União Soviética, perdeu o emprego e despertou: era Jesus! Adotou o visual de messias e, aos poucos, os discípulos ergueram a comunidade, que produz a própria comida. As garotas são educadas para a vida doméstica. "As mulheres foram feitas para seguir o marido", diz uma discípula no documentário Eu Sou Jesus, de Heloísa Sartorato e Valerie Gudenus. Vissarion, tratado como "O Professor", orienta as esposas a, eventualmente, aceitar outra mulher na casa. Todo crente doa 10% dos ganhos à igreja... E eles são 10 mil espalhados pelo mundo.


MODERNINHO - DAVID SHAPLER (INGLATERRA)

David Shayler é uma figura atípica entre os pares. A começar pela descoberta da identidade. Foi numa viagem com cogumelos alucinógenos, em 2007. Um espírito apareceu e deu a notícia. Desde então anda com roupas brancas e sem sapatos. E não dispensa um cigarrinho de maconha. O inglês foi agente do MI5, o serviço secreto britânico. Abandonou o posto quando, segundo ele, a agência coordenava a criação da Al-Qaeda, com o objetivo de matar o líbio Muamar Kadaffi. Denunciou o esquema à mídia e acabou preso. Mas isso foi antes da revelação. Hoje, Shayler anuncia o fim do mundo para 2012 e critica o estilo de vida da sociedade. Acha que sua missão é mostrar o caminho do amor incondicional. Ele vive com alguns amigos numa comunidade seminômade, ocupando casas vazias em Londres ou no interior da Inglaterra. O grupo enfrenta problemas judiciais por invadir as casas (e se recusar a pagar pela moradia) e alimenta-se do lixo que recolhe de mercados. Shayler também curte ser mulher. Quando se monta, vira Delores Kane. Mas alega que isso nada tem a ver com homossexualidade. "É como balancear as coisas [os lados feminino e masculino], como se eu pudesse esquecer que sou David Shayler", diz em Eu Sou Jesus. Ué, mas ele não era Jesus?


JESUS MÚLTIPLO - ERNEST L. NORMAN (CALIFÓRNIA, EUA)

Fundou a Academia de Ciência Unarius, em 1954, junto com a mulher. Dizia que foi Jesus numa vida passada, além dos filósofos Confúcio e Sócrates, entre outras figuras. Promovia a "compreensão interdimensional da energia: a união entre ciência e espírito". Norman morreu em 1971, mas a Unarius ainda se mantém e oferece terapia de vidas passadas para curar todo tipo de mal.


JESUS RASTAFÁRI - HAILÉ SELASSIÉ 1º (ETIÓPIA E JAMAICA)

Regente e depois imperador da Etiópia (até pouco antes de morrer, em 1975) ele nunca afirmou ser Jesus ou qualquer outro messias. No entanto, inspirou a criação da religião rastafári e seus discípulos (hoje cerca de 1 milhão de pessoas) o viam como a encarnação de Jah (Deus) ou a reencarnação de Jesus.


BRASILEIRO - INRI CRISTO ("NOVA JERUSALÉM" (BRASÍLIA), BRASIL)

Álvaro Thais obedece a uma voz que escuta desde os 5 anos. Aos 13, a pedido dela, saiu da casa dos pais adotivos em Santa Catarina e foi morar na rua. Viveu de bicos como astrólogo e garçom. Aos 31, jejuou por 4 dias. Foi quando Deus abriu o jogo. Ele era Jesus e deveria mudar o nome para Inri Cristo. Sua missão era pregar o amor, "ajudar a pessoa a pensar por si mesma sem ser escrava de uma religião". Em 1982, juntou uma multidão numa praça em Belém e seguiu até uma igreja. Não chutou a santa, mas arrancou o boneco de Jesus da cruz e atirou-o no chão - passou 1 mês preso como desordeiro. Com a fama, Inri viajou dentro e fora do Brasil, ganhou adeptos e financiadores. Hoje, aos 63, tem agenda cheia e vive numa grande e confortável chácara em Brasília, onde está a sede da Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade. Lá, sexo e carne vermelha são proibidos. As 15 discípulas administram o lugar e gravam músicas de louvor a ele. Para distrair, um passeio de moto ou uma partida de sinuca. "A diferença entre mim e os falsos profetas é que eles só pensam em lucro por meio de benefícios materiais ou louvores egocêntricos", diz.


JESUS SUICIDA - JIM JONES (JONESTOWN, GUIANA)

O americano tentou a carreira política, sem sucesso. Era adepto da miscigenação racial e do comunismo. Misturando seus ideais, criou a seita People¿s Temple (Templo das Pessoas). Com problemas nos EUA, levou a sede para a Guiana. Lá, em 1978, mais de 900 pessoas cometeram suicídio. Ele não ganhou fama como Jesus, mas no fim da seita já admitia ser Cristo reencarnado.


JESUS VENENOSO - SHOKO ASAHARA (TÓQUIO, JAPÃO)

Líder da seita Verdade Suprema, arquitetou o atentado terrorista no metrô de Tóquio, em 1995. Seus seguidores jogaram gás sarin nas estações, atingindo 6 mil pessoas (12 morreram). O plano era provocar uma guerra e aumentar sua influência no país. Ele dizia ser a reencarnação de Shiva, um deus hindu, Buda e Jesus. Acusado de 13 crimes, foi condenado à forca em 2004.


E.T. - MARSHALL APPLEWHITE (SANTA FÉ, EUA)

O espírito de Cristo voltou à Terra no corpo de Marshall Applewhite. Mas ele precisou ter um ataque cardíaco para se dar conta. Aos 39 anos, recém-divorciado, era professor e tinha talento para a música. Com o enfarte, numa experiência de quase morte, descobriu as ligações extraterrestres da alma. E concluiu: nosso corpo é só um contêiner para ela. As almas seriam espíritos de outro planeta que desencarnavam aqui, como humanos. Assim aconteceu há 2 mil anos, quando o espírito Do entrou no corpo de Jesus. E voltou em Applewhite. Ao sair do coma, ele começou a procurar as almas que teriam chegado na nave de Do e se dispersado ao pousar. Ele via seus seguidores na seita Heaven¿s Gate (Portão do Paraíso) como os membros daquela tripulação. O culto buscava a volta ao planeta original. Dizendo que seus espíritos seriam libertados, Applewhite orientou os discípulos reunidos na cidade de Santa Fé a cometer suicídio para encontrar a nave que os levaria de volta. Em março de 1997, quando o cometa Halle-Bop se aproximava da Terra, 39 pessoas (o líder entre elas) tomaram uma dose letal de barbitúricos com molho de maçã, pudim e vodca.


ENCARCERADO - MICHEL TRAVESSER (NOVO MÉXICO, EUA)

Wayne Bent, conhecido como Michael Travesser entre seus seguidores, previu o fim do mundo para 31 de outubro de 2007. Obviamente, não acertou. Sob o suposto comando de Deus, pediu que algumas discípulas tirassem a roupa e as tocou. Sob ordem da Justiça, acabou na prisão. Sua trajetória religiosa começou em 1989, quando convenceu alguns adventistas a abandonar a igreja e segui-lo numa vida sem pecados. Mas só em 2000 ouviu Deus dizer: "Você é o Messias!" Tempos depois, transou com 2 de suas fiéis por ordem divina. No mesmo ano, os discípulos o acompanharam até uma casa no Novo México. Lá, poderiam sobreviver ao fim do mundo. No período de reclusão e espera, Travesser era guiado pela voz dos céus. Em rituais de cura, a voz dizia a ele para despir algumas garotas e tocar o corpo delas. Mas elas acreditavam no poder do líder, "sentiam paz". A calmaria só acabou com a exibição de um documentário sobre a seita. Ao ouvir os relatos sobre nudez, a polícia agiu. Em 30 de dezembro de 2008, ele foi condenado a 10 anos de prisão por tocar nos seios de uma garota de 16 anos, entre outras acusações. Por ora, vive sua própria via crucis numa cela.


ANTICRISTO - JOSÉ LUIS DE JESUS MIRANDA (MIAMI, EUA)

Nos 710 centros de culto em 25 países, José Luis de Jesus Miranda é chamado de "Papai". Ao fundar a igreja Creciendo en Gracia, há 25 anos, o porto-riquenho virou "Jesus Cristo Homem" e criou um império poderoso. A vida dele mudou em 1973, quando 2 espíritos avisaram que Deus entraria no seu corpo, assim como teria acontecido com Jesus, há 2 mil anos. Antes, uma voz lhe sugeriu sair de Porto Rico e ir para Miami, onde fundaria o ministério. Estudando a Bíblia, concluiu que Paulo, e não Pedro, seria o real porta-voz dos ensinamentos cristãos. Um dos seus papéis é corrigir esse erro. Outro deles: Miranda afirma ser o Anticristo - aquele que veio para "desfazer a apostasia que oprime, empobrece e entristece a igreja". Para seus fiéis, o "666" vira tatuagem e tem significado positivo. Ele jura que o mundo vai acabar em 2012 e só os predestinados serão poupados, possivelmente seus seguidores. "Quem segue a palavra do Papai tem algo de especial", diz a bispa Telma Soares, de um centro paulistano. Os discípulos pagam o dízimo e fazem ofertas de valor livre. "Mas é como Papai diz... `Se você planta 1 grão de milho vai ter 1 planta, se planta 2, vai ter 2¿."


Para saber mais

I Am Jesus
Documentário, 2010. www.fabrica.it/project/i-am-jesus-trailer

12 receitas para o fim do mundo

O planeta vai acabar um dia? Para a ciência, não é uma questão de "se", mas de quando. Conheça as posssibilidades mais prováveis - e as mais inusitadas.



Desde que o mundo é mundo, vira e mexe ele acaba. Pior: o planeta tem data para morrer. Mesmo que a humanidade evite guerra nuclear, aquecimento global ou o que for e sobreviva a pancadas com asteroides, novas eras glaciais ou invasões alienígenas, o fato é que já estamos perto do fim da linha - geologicamente falando, pelo menos. Se o planeta fosse uma pessoa com a expectativa de vida na casa dos 80 anos, neste momento ele seria um senhor de 66.

A Terra nasceu há 4,6 bilhões de anos. Quando chegar aos 5,6 bilhões, porém, será um planeta morto. A vida por aqui tem só mais 1 bilhão de anos pela frente, e isso na mais estupidamente otimista das hipóteses. É que o Sol vai estar mais forte e brilhante lá na frente e fazer evaporar todos os oceanos da Terra. Isso, por sua vez, causará um efeito estufa ainda mais devastador, tornando o planeta inteiro um inferno escaldante. Mas dificilmente vamos chegar até lá e testemunhar esse cenário. A vida na Terra praticamente acabou 5 vezes. Isso só no último meio bilhão de anos. A mais conhecida dessas fases de extinção em massa aconteceu há 65 milhões de anos. As vítimas mais famosas você conhece bem: os dinossauros. Já a extinção mais severa foi há 251 milhões de anos, matando 83% de todos os gêneros de espécies existentes então.

O mundo já acabou para 99% de todas as espécies que surgiram desde que a primeira de todas as formas de vida apareceu, há 3,5 bilhões de anos.

As criaturas que hoje habitam a Terra são apenas uma pequena fração de todas que já existiram. E as razões para seu sumiço são as mais diversas. A maior probabilidade, então, é que o mundo vai acabar temporariamente diversas vezes nos próximos milhões de anos - e muito provavelmente levar a gente junto. Dependendo da causa, pode até mesmo acontecer em breve. Veja agora as 12 receitas mais prováveis para acabar com a brincadeira da vida neste nosso pequeno canto da galáxia.

Finais mais prováveis

Asteroides


Há mais de mil deles perto da Terra, esperando a hora de cair.

A ameaça é real. Um asteroide pode colidir com a Terra e acabar com a gente. Ou melhor, acabar com quase tudo. Os astrônomos estimam que existam cerca de 1,1 mil desses bólidos com 1 km de diâmetro ou mais passando rotineiramente pelas redondezas da Terra - todos com o potencial de causar uma catástrofe planetária. Astrônomos têm trabalhado duro para descobrir esses objetos - já foram encontrados cerca de 800. O Brasil também está engajado nessa busca, com um telescópio instalado em Pernambuco, cujo objetivo é justamente monitorar esses pedregulhos. E acompanhá-los é preciso, embora não muitos astrônomos façam esse esforço após a descoberta inicial.

"De todos os objetos descobertos, 80% são perdidos logo em seguida", afirma Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional especializada em asteroides e líder do Projeto Impacto, que se dedica a descobri-los no céu. "Eles são monitorados por pouco tempo, uma órbita preliminar é calculada, vê-se que não vão se chocar com a Terra e depois eles são abandonados." O problema é que o mundo dá voltas. Ou melhor, os mundos dão voltas. Enquanto giram ao redor do Sol, como são relativamente pequenos, os asteroides podem mudar de órbita e aí entrar em rota de colisão com a gente. Daniela trabalha na busca e na caracterização desses bólidos - para se certificar de que eles não vão mesmo trombar com a Terra. De toda forma, sempre há o risco de um objeto ser descoberto em cima da hora em rota de colisão - e não haver tempo para tomar alguma medida, como lançar uma bomba atômica que desvie a rota do objeto.

Ser atingido por um asteroide, enfim, é um método testado e aprovado para o extermínio em massa, que o digam os dinossauros, extintos numa pancada com um pedregulho de 10 km de diâmetro 65 milhões de anos atrás. Se um episódio similar acontecesse hoje, seria o fim para nós também. O problema não é tanto o impacto em si, que é localizado, mas as consequências dele. Sobem trilhões de toneladas de poeira na atmosfera e a luz do Sol é bloqueada por meses. As plantas morrem. Sem o pasto, o que o boi vai comer? E, sem o gado, o que será das churrascarias rodízio? Você entendeu a ideia... A estimativa dos cientistas sobre a frequência de impactos realmente catastróficos varia bem - os intervalos podem ser largos (a cada 1 bilhão de anos) ou nem tanto (a cada 100 milhões de anos). Mas o que passa o recado de forma ainda mais clara vem lá de cima: vira e mexe, os astrônomos encontram um asteroide que passou ou passará raspando pela Terra. E é como no futebol. O sujeito chuta uma bola na trave, duas, três... Uma hora sai o gol.


Nova guerra fria

Há 22 mil ogivas nucleares no mundo. Os donos dos maiores arsenais continuam sendo Estados Unidos e Rússia. Mas, como a Guerra Fria congelou faz tempo, o risco de uma catástrofe atômica acabou, certo? Errado. O problema é que neste momento vários países não exatamente amigáveis andam desenvolvendo suas próprias armas nucleares, caso do Irã. Se o país anunciar que tem a bomba, ele dará início a uma corrida nuclear em todo o Oriente Médio, que já é um barril de pólvora hoje. Se começa uma guerra fria por lá, a chance de que ela esquente é real. E ainda existe a hipótese de que algum grupo terrorista arranje suas próprias ogivas. Daí para uma guerra global suicida, pode ser um pulo.


Super-vulcões



Quando um vulcão no Chile ou na Islândia começa a soltar cinzas no ar, já é um transtorno. Mas tudo isso é fichinha perto do que podem fazer os supervulcões. Um supervulcão é tão grande que nem dá para ver. A boca dele fica no chão e está coberta de terra. E que boca: caberia uma cidade inteira dentro dela. "Uma das primeiras evidências dos supervulcões foi a descoberta de enormes vales circulares, alguns com 30 a 60 km de largura, que se pareciam com as caldeiras localizadas no topo de muitos dos vulcões mais conhecidos do planeta, só que em tamanho família", conta o geólogo russo Ilya Bindeman, especialista no assunto. Imagina-se que o famoso parque americano Yellowstone seja todo ele a boca de um supervulcão, ainda que coberta de terra, e que haja outros na Indonésia e na Nova Zelândia. "Caso um deles entrasse em erupção, recobriria sua região do globo de cinzas em questão de horas", diz Bindeman, indicando que, nos Estados Unidos, isso aconteceu pelo menos 4 vezes nos últimos 2 milhões de anos. A última há 640 mil anos, e nada impede que a próxima aconteça em breve. O maior problema é que as erupções afetam dramaticamente o clima e alteram a composição da atmosfera.

Mesmo nas erupções dos vulcões convencionais, já se vê uma queda na temperatura média do planeta (as cinzas que eles soltam bloqueia a luz solar). No caso dos gigantes em ação, nosso mundo poderia virar uma geladeira. Isso sem falar que os gases ejetados por vulcões podem abrir rombos na camada de ozônio, que protege a superfície da radiação nociva do Sol. "Uma erupção de supervulcão tem a força da colisão de um pequeno asteroide, mas ocorre com frequência dez vezes maior", diz Bindeman.


Sol infernal



Esse é o fim certo da vida na Terra. O Sol, muito gradualmente, vai se tornando mais quente com o passar do tempo. No passado, era mais frio. No futuro, estará mais ativo. Em cerca de 1 bilhão de anos, a história será outra. O aumento da radiação solar provocará a evaporação de toda a água da Terra. O acúmulo de vapor aumentará ainda mais a temperatura e terminaremos não muito diferentes de Vênus, com temperaturas de 400 °C. Depois vai piorar. Quando o Sol chegar ao fim de sua vida, daqui a 7 bilhões de anos, ele vai crescer até ocupar 3/4 do céu. Será tanto calor que as montanhas derreterão. E depois o Sol aumenta mais um pouquinho, engolindo a Terra. A única saída seria ir empurrando o planeta para cada vez mais longe do Sol, no mesmo ritmo em que ele esquentasse.


Finais plausíveis

Adeus, campo magnético

Parece estranho, mas a vida na Terra depende do campo magnético do planeta. Sem ele, nosso DNA acabaria danificado. E provavelmente deixaríamos de existir.

O campo magnético da Terra é uma entidade bacana: faz com que todas as bússolas apontem para o norte. Sem ele (ou seja, sem as bússolas), as Grandes Navegações do século 16 teriam acontecido séculos mais tarde. E hoje este texto talvez não estivesse em português. Mais: diversas espécies migratórias evoluíram com um sexto sentido capaz de detectar o campo magnético para guiar suas rotas de viagem. Mas hoje, que o GPS substituiu a bússola, ele é pouco mais que uma curiosidade, não?

Negativo. Ele é importante para a vida na Terra. O campo magnético funciona como uma barreira protetora contra a radiação nociva que vem do espaço. É um campo de força invisível, feito de energia. E ainda bem que ele está firme sobre a nossa cabeça: esses raios cósmicos são extremamente perigosos. Radioativos, eles atravessam nosso corpo e danificam nosso DNA, causando mutações. Em geral, o resultado desse processo é o surgimento de cânceres. Péssimo.

Tudo bem, a atmosfera também tem um papel nessa proteção, mas o trabalho é dividido com o campo magnético. Juntos, eles têm uma eficiência equivalente à de uma parede espessa de concreto. Agora as más notícias. Não é inconcebível que o campo magnético da Terra um dia bata com as 10. Na verdade, cientistas têm monitorado a intensidade do campo nas últimas décadas e sua intensidade tem caído drasticamente. "O campo geomagnético primário enfraqueceu quase 10% desde que foi medido pela primeira vez, nos anos 1830", afirma o geofísico Peter Olson, da Universidade Johns Hopkins. Ninguém acredita que esse seja um sinal do fim. Na verdade, o consenso é de que se trata de um sintoma de que o campo magnético da Terra está se invertendo. É isso mesmo: quando o processo terminar, a bússola vai apontar para o sul. Do lado de fora da Terra, nenhuma mudança visível. Todo o processo acontece do lado de dentro. É o ferro derretido na região externa do núcleo que se movimenta, alimentado pelo calor interno do planeta, e propicia a transmissão de cargas elétricas, produzindo o campo magnético. Vira e mexe, há uma inversão de polos mesmo. O sul magnético vira norte, e vice-versa.

Se for só isso, não é nada dramático. Apenas algumas aves vão sofrer um pouco para se adaptar, mas não estaremos diante de uma catástrofe. Mas a hipótese de que o campo magnético da Terra seja desligado de vez no futuro não pode ser completamente afastada. De fato: há evidências de que esses campos magnéticos não duram mesmo para sempre. Em Marte, por exemplo, é possível detectar sinais de que já houve um. Mas hoje nem sinal dele. Essa é uma das razões de haver tanta radiação na superfície lá - e nenhuma (ou quase nenhuma) vida.


Supervírus

Imagine um vírus letal como o HIV, mas que se espalha fácil como o da gripe. Se a natureza não produzir um por conta própria, nós poderemos fazer por conta própria. A possibilidade de combinar a engenharia genética ao arsenal de organizações terroristas é mais que especulação. Com a tecnologia de hoje, dá para fabricar vírus terríveis usando o código genético deles. Para provar que dá pé, pesquisadores da Universidade de Nova York criaram do zero um novo vírus da pólio. A mesma técnica tem como ser aplicada a vírus mais violentos, capazes de virar armas biológicas, caso do da varíola. "Nosso trabalho serve como prova do que pode ser feito", afirma Jeronimo Cello, um dos autores do estudo. E, quando uma armar pode ser feita, alguém acaba fazendo.


Estufão

Você até já enjoou de ouvir falar em aquecimento global, o fato de que o mundo deve esquentar 4 ou 5 °C nos próximos 100 anos. Ok. Mas e se forem 400 °C? É o que o efeito estufa causou em Vênus, onde faz 480 °C. À noite... Isso pode acontecer aqui? "A humanidade está engajada num experimento maciço e descontrolado no clima terrestre", afirma o biólogo David Grinspoon, um especialista em estudos planetários. "A investigação de Vênus deu aos cientistas novos lampejos sobre como responder a uma questão básica: quão estável é o clima terrestre?" A resposta mais confiável até agora: não sabemos.


O fim numa bola de neve



Resfriamento global. Nos anos 70, esse seria o responsável mais provável pelo fim do mundo. Agora, que só se fala em aquecimento global, o resfriamento saiu de moda. Mas como hipótese continua tão realista quanto antes. Ou mais. Pesquisas relativamente recentes mostram que podemos, sim, acabar congelados. E a Terra, toda coberta de neve, dos polos até a linha do Equador. Por quê? Porque isso já aconteceu antes. As evidências de uma Terra Bola de Neve (é assim que a teoria é chamada) vêm de meio bilhão de anos atrás. Elas foram levantadas por Paul Hoffman, de Harvard, e seus colegas, em 1998, ao estudar sedimentos na Namíbia. Há 600 milhões de anos, aquela região devia estar próxima da linha do Equador, mas suas rochas continham sinais inconfundíveis de geleiras, seguidos por uma camada marcada por depósitos de carbonatos, associada a mares muito rasos. Para Hoffman, eram evidências claras de pelo menos um episódio Terra Bola de Neve. Isso ia ao encontro dos cálculos que o cientista russo Mikhail Budyko fez nos anos 60: ele calculou que, se a quantidade de gelo nos polos passasse certo limite, ela iria se expandir para tomar o globo todo. Como? Se a superfície é mais clara, ele reflete mais radiação do Sol. Quando o gelo começa a se expandir, sua superfície branca passa a refletir mais energia solar de volta para o espaço, em vez de absorvê-la. Com isso, o planeta fica mais frio, e aparece mais gelo, que aumenta a reflexão, e assim por diante, até ficar tudo congelado. "Essa teoria ganhou apoio cauteloso da comunidade científica desde que nós a introduzimos primeiro", afirma Hoffman. Contudo, ele admite que ninguém sabe direito, até hoje, o que inicia um processo descontrolado de resfriamento e, por isso mesmo, não há quem se arrisque a dizer que não vai acontecer de novo.


Finais esdrúxulos

Envenenamento da atmosfera

O oxigênio já foi um veneno que extinguiu praticamente todas as formas de vida da Terra - e só poupou quem sabia tirar proveito dele: nossos antepassados.

Imagine que a evolução da vida na Terra acabe por produzir uma bactéria que emita uma substância altamente tóxica, letal a quase todas as formas de vida. Esse gás iria se acumulando na atmosfera e, em questão de tempo, envenenaria completamente o ar, levando a uma onda global de extinções - o fim da humanidade incluído. Fantasia? Pois saiba que já aconteceu, e nós só herdamos o planeta por causa disso, até. Cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, a vida já dava seus primeiros passos seguros no planeta. E foi nessa época que surgiram as primeiras criaturas capazes de fazer a fotossíntese. Hoje, achamos a capacidade de converter a luz do Sol e o gás carbônico em oxigênio uma coisa linda. Naquela ocasião, contudo, a novidade não foi apreciada. A imensa maioria das bactérias primitivas não queria nada com o oxigênio. Elas haviam nascido e evoluído num ambiente livre desse gás. Então, quando tiveram de encará-lo na atmosfera, foi... digamos que foi uma aula prática de darwinismo. Aquilo era veneno para elas. Talvez você não se sensibilize com o sumiço de bactérias, mas vale dizer que elas eram tudo que existia na Terra naquela época. E o dramático é que o aumento da quantidade de oxigênio, do zero para os 20% da atmosfera que vemos hoje, parece ter acontecido bem rapidamente. Foi bom para os poucos micro-organismos que aprenderam a tirar energia do oxigênio - caso dos nossos antepassados unicelulares, que deram origem não só à gente como também a todas as outras formas de vida - das bactérias modernas aos peixes, lagartos e gorilas, todos nossos parentes. E fãs de oxigênio. Mas foi péssimo para a maior parte da vida da época, claro.

Os responsáveis por lançar esse veneno no ar foram os antepassados das plantas - algas microscópicas que faziam a fotossíntese. Mas não foram só elas as reponsáveis. Por centenas de milhões de anos, o oxigênio que elas produziam era simplesmente absorvido pelas rochas - é o que acontece quando a lataria do seu carro enferruja: o aço suga oxigênio, ele "oxida". Mas uma hora esse processo diminuiu drasticamente, e boa parte do oxigênio que as algas produziam ficou livre no ar. O motivo? "Rochas antigas estão ajudando a produzir um quadro de como isso se deu", afirma Lee Kump, geólogo da Universidade Estadual da Pensilvânia. Aparentemente, vulcões levaram ao solo rochas já altamente oxidadas, incapazes de absorver mais do elemento. Ok. Mas é possível acontecer outro envenenamento global como esse? A evolução não é previsível, mas, em momentos de grandes mudanças ambientais, ela costuma se acelerar. Há um ano, inclusive, pesquisadores da Nasa descobriram uma forma de vida que se alimenta de arsênico, um veneno. Era só uma bactéria. Mas nossos antepassados respiradores de oxigênio também eram.


Bilhar estelar

O Universo parece até um lugar relativamente organizado, quando contemplamos belas imagens do espaço. Pois ele é tudo, menos isso. O tempo todo coisas estão se chocando umas com as outras. A probabilidade de uma estrela colidir com o Sol, enquanto ambos giram em sua órbita ao redor do centro da Via Láctea, é baixíssima. Mas não é preciso que elas batam para fazer o estrago. Se uma estrela passar relativamente perto da outra, pode ser o suficiente para desestabilizar a órbita dos planetas - a Terra incluída. Seria sem dúvida o fim para nós. "Um evento desses costuma acontecer na nossa região da galáxia a cada 10 mil anos", destaca Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos. "Mas, como a área em que está o Sol é relativamente vazia, o risco é menor." O que não quer dizer inexistente.


Supernova

São os eventos mais energéticos do Universo. Quando uma estrela se torna supernova (ou seja, explode), ela brilha mais que uma galáxia. Na Via Láctea, pipoca uma dessas a cada 100 anos. Se uma acontecesse perto de nós, a energia da explosão poderia acabar conosco. Se não destruindo o planeta inteiro, pelo menos banhando-o em tanta radiação que nenhuma forma de vida poderia resistir. E o pior: há uma estrela dupla, chamada Eta Carinae, que está a 7,5 mil anos-luz de distância e prestes a explodir. É próximo o bastante para causar estragos na Terra, caso ela emita uma rajada de raios extremamente energéticos em nossa direção. Agora, uma ressalva: "prestes", em astronomia, é nos próximos 30 mil anos.


A lei da natureza

"Somos a coisa mais fantástica que a Terra já produziu. Ninguém, nenhuma outra forma de vida, pode com a gente." Se entrevistássemos um tubarão, ele poderia muito bem declarar isso. Tubarões são o suprassumo da predação, o topo da cadeia alimentar. O que eles não sabem é que existe uma espécie surgida há apenas 200 mil anos e que nos últimos 100 agregou tecnologia o bastante para varrer todos os tubarões da face da Terra se assim julgar necessário. Por isso mesmo, somos tão vaidosos quanto os tubarões poderiam ser. Então achamos que pode acontecer qualquer coisa, menos sermos eliminados por um predador. Estamos errados. Mas, por ora, a despeito de todas as ameaças, dá para acreditar que o nosso mundo aguenta as pontas por um bom tempo. Feliz 2013!

Indo e vindo infinito 

O mistério do fim do mundo é uma das maiores forças de inspiração das religiões. Na maioria dos casos, é só uma metáfora para a ideia de renovação, de começo de um novo ciclo - uma ideia parecida com a da ciência, diga-se.

Desde sempre, teólogos e profetas de todas as crenças têm debatido como o mundo vai terminar. Há uma certa obsessão com o tema. Afinal, uma história que não acaba fica sem um acerto de contas. Como então as autoridades lá de cima vão separar os bons e os maus, os justos dos canalhas, o joio do trigo? Para as religiões, o fim do mundo é uma peça importante do quebra-cabeça. A tradição judaica claramente se debruçou um bocado sobre esse problema, motivada sobretudo pelas circunstâncias. Quando os persas (ou macedônios, ou romanos, ou... coloque aqui o opressor da vez) pagarão por seus crimes contra o povo de Israel? Dá-lhes Juízo Final. No Velho Testamento bíblico, o Livro de Daniel, escrito no século 2 a.C., dá o tom: ele prevê a vinda do Messias, destinado a libertar os judeus do jugo de seus opressores e iniciar uma era de paz interminável. O fim do mundo, aqui, é algo bom: um novo começo. O cristianismo é uma continuação direta da tradição jucaica, com uma importante modificação: o Messias já deu uma passada pela Terra para formar um novo pacto entre Deus e os homens (basicamente zerar a conta da humanidade e redimi-la de seus pecados), mas deve voltar numa futura oportunidade para libertar os cristãos, derrotar o Anticristo e seus aliados e, por fim, iniciar uma era de paz interminável. É a mesma lógica: quando João escreveu seu Apocalipse, anunciado por trombetas celestiais, no século 1, os cristãos estavam sendo perseguidos e mortos pelos romanos. Assim como, quando o Livro de Daniel foi escrito, os judeus estavam sob o jugo dos macedônios.

O fim do mundo como danação para os maus e redenção para os bons também acontece na religião muçulmana, nascida no mesmo caldo, no Oriente Médio. Mas nem judeus, nem muçulmanos, nem cristãos estavam sendo particularmente criativos. Zoroastro, por exemplo, já pregava a vinda de um profeta, Shaosyant, que ressuscitaria os mortos de sua cova e os levaria a um julgamento. No zoroastrismo, firmado em algum ponto entre os séculos 10 e 5 a.C., quando a hora chegar, um anjo de fogo derreterá as montanhas e o mundo será coberto por um oceano de lava. Os vivos e os mortos então terão de atravessá-lo descalços. Para os bons, será como caminhar sobre leite. Para os maus, não. Versões alternativas mesmo são mais comuns entre religiões mais antigas. Para o hinduísmo, por exemplo, que tem mais de 3 mil anos, a questão não é tanto o bem e o mal, mas a natureza do Universo. Ele seria cíclico, passando por fases de atividade e de repouso, e diversos deuses hindus parecem ter sua função específica na trama. Brahma, o maior deles, é o Criador. Cada dia na vida dele dura 4 bilhões de anos dos nossos - período que representa um ciclo na história do Universo, ou kalpa.

Os maias, badalados por causa de 2012, tinham essa mesma pegada cíclica. A data tão mencionada, 21/12/2012, marca o final de um ciclo num de seus calendários (eles usavam quatro calendários diferentes, dependendo da escala de tempo). Esse que ficou famoso começa em 11 de agosto de 3114 a.C. e termina depois de 1 milhão e 872 mil dias (5 125,37 anos). Ou seja, precisamente em 21/12/2012. Mas não existe uma ideia de "fim do mundo" ali. É só o fim de um ciclo mesmo, para o começo de outro. 

O inusitado é que essa visão cíclica do mundo é a que mais aproxima a religião da ciência. Sabe-se que o Universo, tal qual existe hoje, nasceu no Big Bang, há 13,7 bilhões de anos. Pelas contas dos cosmólogos, ao que parece, ele vai continuar se expandindo, até esfriar e terminar na mais absoluta sem-gracice. Contudo, existe a possibilidade de que, daqui a vários bilhões de anos (ninguém sabe quantos), o Cosmos troque a expansão pela contração. Isso levaria, em última análise, a um Big Crunch (o contrário do Big Bang), que provavelmente representaria um "reset" no Universo, para então começar tudo de novo, com uma nova expansão. Em suma, um novo ciclo. E uma coisa é certa: você estará lá. Provavelmente na forma de energia, aquilo que sobra depois que cada um dos átomos que forma o seu corpo for destruído. Mas que vai estar, vai. Então... até o próximo ciclo!


Para saber mais

Hora Final
Martin Rees. Companhia das Letras, 2005.

Rare Earth
Peter Ward, Donald Brownle, Springer, 2003.

Mulheres realmente falam mais do que os homens





Não é novidade para ninguém ouvir dizer que as mulheres costumam falar mais do que os homens. Já reparou como eles mal têm espaço para abrir a boca quando elas são maioria? Mas se você nunca entendeu como elas conseguem falar tanto, deixa que a ciência explica.

Para esclarecer a questão, pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, começaram com um teste em ratinhos. Eles mediram a quantidade de choro emitido por filhotes quando são separados da mãe. Nesse caso, os machos choravam bem mais. Os cientistas, então, mataram alguns bichinhos (machos e fêmeas) e compararam o nível daproteína FOXP2, responsável pela articulação de frases (ou sons com algum significado, no caso deles), no cérebro de cada um deles. Como já suspeitavam, a quantidade era muito maior nos cérebros masculinos. Quando bloquearam parte da produção de FOXP2 nos ratinhos vivos, os machos pararam de chorar tanto.

Aí eles partiram para os cérebros humanos. Mediram a quantidade de FOXP2 em crianças de 4 a 5 anos, mortas em acidentes até 24 horas antes do teste. E, veja só, as menininhas tinham30% a mais de FOXP2 do que os garotos. É por isso que elas começam a falar mais cedo. E nunca mais param. Dizem os pesquisadores que uma mulher fala, em média, 20 mil palavras por dia, enquanto os homens se contentam com apenas 7 mil palavrinhas.

É uma necessidade biológica, gente. Compreendam.

Crédito da foto: flickr.com/louisa_catlover

Barbie??



Glamur, polêmicas familiares, dinheiro e até sacanagem envolvem o mundo cor-de-rosa da verdadeira bonequinha de luxo.

1. Filhinha da mamãe

Barbie é o apelido de Barbara Millicent Roberts, filha da criadora da boneca. Os irmãos de Barbara também são famosos: Ken virou o namorado (sim, na vida real Ken e Barbie são irmãos) e Skipper é irmã de Barbie também no mundo dos brinquedos. O verdadeiro Ken era homossexual, apesar de ter constituído família com uma mulher. Ele morreu de aids em 1994.


2. Brinquedo de adulto

O design da Barbie foi inspirado em uma personagem de quadrinhos pornô alemã, chamada Bild Lilli, e isso ninguém esconde. Mas os detalhes não são oficiais: de acordo com o jornalista americano Jerry Oppenheimer, o designer que fez a boneca era viciado em sexo e criou as medidas dela de acordo com gostos pessoais.


3. Que (falta de) saúde!

Se a Barbie fosse uma mulher de 1,68 metro, ela teria 50 centímetros de cintura, 69 de busto e 73 de quadril. Uma mulher tão magra deixaria de menstruar normalmente, segundo uma pesquisa da Universidade de Helsinque. Ainda assim, a britânica Sarah Burge achou boa ideia gastar 500 mil libras em cirurgias plásticas para ficar igual à boneca. Por ano, ela paga cerca de 22 mil para manter tudo no lugar.


4. Perua

Mais de 70 estilistas de alta-costura já criaram roupas para ela, incluindo Gucci, Versace e Armani. Para a confecção das roupas já foram usados mais de 95 milhões de metros de tecido. E os altos números estão também nos acessórios: a Barbie já teve mais de 1 bilhão de pares de sapatos e joias de diamantes avaliadas em US$ 600 mil, do joalheiro australiano Stefano Canturi.


5. Bonequinha de luxo

Foi depois de criar a Barbie, em 1959, que a Mattel entrou no ranking das 500 maiores empresas dos EUA. Demorou 3 anos para que eles conseguissem atender à demanda dos consumidores, de tanta procura pela boneca. Hoje, são vendidas 172 800 Barbies por dia no mundo, ou seja, 2 por segundo.



Fontes Mattel; Toy Monster: The Big, Bad World of Mattel, de Jerry Oppenheimer.

E-drug dá barato?



Não há provas de que drogas MP3 funcionam. Mas, mesmo assim, podem viciar.

Drogas sonoras são trilhas compostas com tons binaurais, ou seja, dois sons de frequências levemente diferentes escutados cada um por um ouvido. A ideia dos fabricantes é que, na tentativa de equalizar os dois tons, o cérebro altere sua atividade, induzindo-o a estados de excitação ou relaxamento.

Se funciona? Relatos de e-chapados dizem que sim. "Eu tinha uma sensação comparável à de um orgasmo", conta o usuário Gabriel no site I-Doser. Só que não existe prova científica disso. Em um estudo feito pelo National College of Natural Medicine, dos Estados Unidos, voluntários foram observados antes, durante e depois de ouvir trilhas binaurais e não binaurais. As e-drugs não levaram a nenhuma alteração significativa nas correntes elétricas do cérebro.

Mas segundo James Lane, diretor do laboratório de psicofisiologia da Universidade Duke, também nos EUA, quem estiver disposto poderá sentir alterações. "Uma música ritmada nos faz bater o pé sem perceber", diz. A e-drug tem o mesmo efeito. Se você quiser, pode se sentir estimulado pela droga.

Além de incerta, a e-drug pode viciar, segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas. É como o vício em compras. O cérebro pode pedir mais e mais, mesmo que não haja efeitos químicos.


1. Com um fone de ouvido estéreo, cada ouvido escuta frequências levemente diferentes.

2. Na tentativa de sincronizar os dois tons, o cérebro passaria a operar na frequência resultante da diferença entre as duas.

3. Cada frequência é relacionada a uma sensação diferente.

Os 5 piores aplicativos do Facebook


Eles espalham más notícias, transformam amigos em bichinhos e publicam mensagens constrangedoras no seu mural. Veja quais apps você nunca deve instalar no seu Facebook - a não ser que o objetivo seja apenas dar boas risadas!

VOCÊ (NÃO) É A CARA DELE
Nome do aplicativo - ¿A que famosos se parecen tus amigos?
O que ele faz - Mostra a quais celebridades os seus amigos se parecem: você dá um clique e 10 deles são comparados com gente famosa. Essa é a promessa, pelo menos. Na prática, o aplicativo não tem critério nenhum e faz comparações aleatórias e engraçadas - como dizer que aquela sua amiga é parecida com o ator espanhol Javier Bardem.


SIM, A AMIZADE SE COMPRA
Nome do aplicativo - Friends for Sale!
O que ele faz - Você compra um amigo usando dinheiro (virtual), define a tarefa (virtual) que ele vai fazer e seleciona outra pessoa para receber o serviço. Daí aparece uma mensagem no Facebook dos envolvidos, tipo "João limpou a privada de Maria". E você ganha mais dinheirinho digital, com o qual pode comprar mais amigos.


DIGDIN
Nome do aplicativo - Sou Foda Hero
O que ele faz - Megassucesso no YouTube, a música do grupo de funk Avassaladores virou um game para Facebook. É como se fosse um Guitar Hero: você deve apertar a sequência correta de setas no teclado para fazer Vitinho "Sou Foda" cantar várias versões e remixes da canção. Você pode publicar a pontuação (medida em "digdins") no seu mural.


PSICANALISTA MUSSARELA
Nome do aplicativo - What Kind of Cheese Are You?
O que ele faz - É um quiz que determina qual tipo de queijo você é. Do queijo suíço ("você está sempre bonitão") ao queijo azul ("você é nojento"). Uma verdadeira revelação existencial, que o aplicativo determina analisando as suas respostas a perguntas como "O que você gosta de fazer no tempo livre?" e "Que tipo de música você ouve?".


MÁS NOTÍCIAS TODO DIA
Nome do aplicativo - Distribua Mágoas
O que ele faz - A proposta aqui é enviar mensagens sem noção para os seus amigos. Você pode escolher entre mais de 100 frases, como "Motorista braço" (que vem acompanhada da imagem de um carro dentro da piscina) ou "Carla Perez no começo de carreira". Se o seu amigo aceitar o presente de grego, o aplicativo é instalado no Facebook dele.

Mulher cheinha faz mais sucesso na crise




Pesquisadores dos EUA analisaram a Playboy americana entre 1960 e 2000 e descobriram que, quando a economia dos EUA está mal, as modelos da revista tendem a ser mais cheinhas. A suposta explicação é que, durante uma crise, os homens subconscientimente preferem mulheres mais aptas ao trabalho (mais fortes e maduras).

Cheiro revela sua personalidade




 Cientistas poloneses pediram a voluntários que cheirassem 60 camisetas usadas - e descrevessem a personalidade das pessoas que as haviam vestido. Só pelo cheiro, os voluntários souberam dizer quem era o mais tímido ou extrovertido. 
 Isso supostamente acontece porque os fatores biológicos que influenciam o odor corporal também afetam a personalidade.

Cigarro induz vício em cocaína



Segundo cientistas da Universidade Columbia, fumar cigarro pode tornar uma pessoa mais propensa a se viciar em cocaína. Os pesquisadores constataram que ratos expostos à nicotina consumiam 78% mais cocaína quando, alguns dias depois, eram colocados em contato com essa droga. Isso acontece porque a nicotina intensifica a ação do gene FosB, relacionado a dependência química. O estudo apresenta base científica para a teoria da "porta de entrada", segundo a qual o uso de certas drogas facilita o vício em outras.

É cara, não fume. Faz mal.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Cansaço realmente te deixa mais feio




 Enquanto dormimos, os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no corpo diminuem. Aí a pele fortalece a habilidade de se proteger. Mas se isso não acontece e o estresse se mantém em alta, a produção de colágeno começa a cair. Nessa, a pele logo abaixo dos olhos começam a ficar flácidas. E esse não é o único mal: estresse ainda diminui a produção de melanina. Ou seja, você fica mais pálido e com cara de acabado.

 Isso sem contar as olheiras, que vem com aquele inchaço embaixo dos olhos. Elas só aparecem porque seu organismo não teve tempo suficiente para espalhar a água acumulada em algumas partes do corpo. “Normalmente, quando você dorme, você distribui a água pelo seu corpo todo”, explica o pesquisador Michael Roizen. Mas se você dorme mal ou pouco, a água continua acumulada, principalmente na região dos olhos – aí aparecem aquelas olheiras gordas.

E aí, topa tirar um cochilo?

(Via Body Odd)

Crédito da foto: flickr.com/beglendc

Ter barba faz bem à saúde





Se alguém ousar falar mal da sua estimada barba, não se abale. Ela faz bem para a sua saúde: protege contra alergias e tosse. E ainda funciona como protetor solar.

Quem cuidou de provar os benefícios foi o pessoal da Universidade de Southern Queensland, na Austrália. Os pesquisadores expuseram manequins ao sol – metade ganhou uma bela barba feita de Barba de pau (uma espécie de planta que se apoia em outras para viver), enquanto a outra parte continuou com a cara lisinha –, e depois mediram a quantidade de radiaçãoabsorvida por cada um deles. Os barbados tiveram quase 35% menos de exposição aos raios UV. Dependendo do tamanho e grossura dos pelos, a barba pode funcionar como um protetor solar com FPS de até 21.

E tem mais. Dizem os pesquisadores que o bigode serve como uma barreira de proteção contra as bactérias trazidas pela poeira. Em alguns casos, é essa sujeira toda que desencadeia os sintomas da asma. E se a barba for longa, cobrir parte do pescoço, os ataques de tosse causados por inflamações na garganta podem durar menos tempo. É que a barba deixa a região mais aquecida.

Por último, sua barba ainda te deixa jovem por mais tempo – pelo menos na região facial. Com o rosto coberto, a pele se protege melhor contra o vento e permanece hidratada por mais tempo.

Só não dá para ser largado ao extremo e deixar a barba toda suja, ok? E sem pelos encravados.

(Via Daily Mail)

Crédito da foto: flickr.com/grafixer

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vídeo: cientistas registram “voo” das cobras

Quem disse que Deus não dá asas às cobras, hein? Aliás, tudo bem, ele realmente não dá. Mas elas nem precisam.

A Chrysopelea paradisi, encontrada no sul e no sudeste da Ásia, é uma de cinco espécies de cobras que conseguem “voar” – normalmente, de uma árvore para outra.

Daí pesquisadores dos EUA ficaram observando e estudando as cobras para entender esse efeito aerodinâmico que o corpo delas adquire. E gravaram um vídeo bem “uau!” para a gente ver como é que a coisa acontece.



A cobra salta do alto de uma torre de 15 metros. Primeiro, ela vai caindo, caindo e você pensa “ih, não vai rolar, que coisa besta”. Mas daí o bicho se estabiliza no ar e vai embora, contorcendo o corpo feito um chicote. Animal.

Elas não aguentam muito tempo até pousar, mas geralmente conseguem manter o voo rolando por cerca de 24 metros. Asas para quê? “O próprio corpo da cobra funciona como uma grande asa”, diz o líder do estudo, Jake Socha.

(Quer ver mais vídeos de cobras voadoras? Dá uma olhada nesse site aqui.)

Cientistas desenvolvem tecido musical!





Finalmente você ficará sintonizado com a moda. Pesquisadores da Swedish School of Textiles in Borås, na Suécia, desenvolveram um tecido que funciona como um instrumento musical, produzindo diferentes sons a cada lugar em que é tocado – tudo por meio de sensores integrados à trama.

O som, uma mistura de harpa com Pense Bem, ainda precisa de alguns ajustes. Mas fique tranquilo. Os pesquisadores já estão fazendo os últimos controles musicais para que você saia por aí fazendo festa com o próprio corpo. Dureza mesmo vai ser encarar a fantasia

Quer assistir como funciona? Clique aqui.

Cientistas fazem bicho-da-seda produzir tecido fluorescente





Não, os cientistas não querem curar doenças crônicas ou acabar com a fome mundial. O que eles querem é brincar de fazer seda fluorescente mesmo. E, bem, conseguiram: colocado em uma dieta de amoras com corante fluorescente, criada em laboratório, o bicho-da-seda da foto acima produziu fios de seda rosa-choque.

Segundo os responsáveis pela experiência, feita lá no Instituto de Pesquisa e Engenharia de Materiais de Cingapura, o processo é “simples e barato o suficiente para ser reproduzido emescala industrial“. Não só porque é legal, claro. A possibilidade de produzir seda com esse tipo de coloração natural dá uma opção mais eco-friendly para a indústria de tecidos. Se adotada, a novidade diminuiria o alto consumo de água e corantes.

E, olha só, falamos cedo demais (desculpem aí a tiração de onda, cientistas): a técnica também tem potencial para ser aplicada na área de saúde, sim. Os pesquisadores sugerem que ela pode, no futuro, ajudar a criar uma seda funcional, munida de propriedades bactericidas, por exemplo, para ser usada em curativos. O meu, verde fluorescente, por favor.

(Foto: Dra. Natalia C. Tansil/Divulgação)

Falar vários idiomas pode deixar você com várias personalidades





Espera aí, é isso mesmo? É sério que a nossa personalidade muda dependendo de qual línguaestamos falando? Um estudo chinês sugere que sim.

Psicólogos da Universidade de Hong Kong observaram que estudantes chineses fluentes em inglês se tornavam visivelmente “mais assertivos, extrovertidos e abertos a novas experiências” (características, segundo eles, culturalmente mais próximas de quem cresceu em países que falam inglês) quando estavam usando o segundo idioma.

O efeito foi ainda maior dependendo de com quem os estudantes chineses estavam conversando. Se eles falavam inglês com uma pessoa estrangeira, a “nova personalidade” ficava ainda mais proeminente.

Para os pesquisadores, isso sugere um link claro entre linguagem e personalidade. Eles explicam: o poder, é claro, não está na língua em si, e sim na ideia que as pessoas (no caso, os estudantes chineses) têm de quem a fala. Ou seja: se eles consideram os falantes de inglês mais extrovertidos, ajustam suas personalidades de acordo na hora de usar o idioma.

(Dica da @clauagain )

Quer ganhar no pedra, papel e tesoura?



Feche os olhos. O pessoal da University College London, na Inglaterra, passou um tempinho observando voluntários fazerem a brincadeira – ora com vendas nos olhos, ora enxergando – e viram que os empates eram “significativamente mais frequentes” quando ao menos uma parte da dupla tinha os olhos abertos. E também que, quando alguém ganhava, era “mais frequentemente” o jogador vendado. Segundo eles, a venda ajuda a controlar um impulso inconsciente que a gente tem de imitar o adversário – você vê que ele vai jogar pedra, por exemplo, e faz o mesmo (durante a pesquisa, quem enxergava fazia seu movimento 200 milisegundos depois do outro). O que é uma bobeira danada, já que aí ninguém ganha. Aqui.

10 dicas científicas para fazer alguém se apaixonar por você





A coisa não está fácil para o seu lado? A gente dá uma mãozinha. Respire fundo, tome coragem, passe aquele perfume irresistível e anote aí.

Para conquistar uma mulher, mantenha flores por perto. Em um estudo da Universidade do Sul da Bretanha (França), voluntárias avaliaram homens que viam pela primeira vez como mais interessantes e bonitos (e se mostraram mais propensas a toparem sair com eles) depois de verem imagens de flores. Ah, parece que usar aliança ajuda também…

Se o seu alvo for um homem, aja com bastante carinho. Como a gente já contou por aqui, de acordo com um estudo da Universidade de Indiana (EUA), o sexo masculino valoriza mais as demonstrações constantes de afeto do que o feminino. Achou estranho? Também já falamos sobre como os homens são mais românticos e dizem “eu te amo” primeiro.

Ah, e não enrole. Fazer charme pode ser divertido, mas os homens preferem que você mostre interesse logo de cara. É o que aponta um estudo da Universidade de Bucknell (EUA).

Olhe nos olhos. Em dois estudos feitos em Massachusetts, nos EUA, duplas de voluntários (que não se conheciam!) orientadas a manter contato visual por 2 minutos desenvolveram um afeto “significativamente” maior um pelo outro do que os que olharam para as mãos do parceiro.

Sorria. Uma pesquisa das universidades de Aberdeen e St. Andrews (Escócia), Liverpool (Inglaterra) e Harvard (EUA) dá a dica: as pessoas acham você mais atraente com um sorriso no rosto do que com uma expressão neutra. E, óbvio, do que com uma cara feia.

Apesar que… Segundo um estudo da Universidade de British Columbia (Canadá), as mulheres não gostam de homens que parecem felizes demais.

No primeiro encontro, conte sobre as viagens que você já fez, mas evite falar sobre cinema — o mais provável é que você e seu date tenham gostos diferentes e vocês se desentendam. Quem diz é o psicólogo Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido).

E fique atento: se sua companhia pedir uma cerveja, e mostrar que gosta do sabor da loirinha, você já sabe o que pode esperar no fim da noite.

Aliás, deixe de preconceito: relacionamentos que começam com sexo casual podem sim evoluir e virar coisa séria. Supostamente, porque a intimidade que se cria logo de cara quando o casal vai para a cama, segundo pesquisas das universidades do Kansas e da Califórnia (EUA), pode aproximar as pessoas e ajudá-las a formar laços duradouros.

Boa sorte!

Crédito da foto: flickr.com/trobertsphotography

As segundas-feiras são mesmo tão ruins?





“Sabe do que eu gosto em relação às segundas? Nada“. É bem provável que você também pense dessa forma. Tem até quem sinta uma vontadezinha de chorar quando o despertador toca e a semana útil está ali, dando um tapa na sua cara. A gente se acostumou a odiá-las, mas as segundas-feiras são mesmo tão ruins? A resposta é sim. E, ao mesmo tempo, não.

De fato, certas coisas ruins tendem a acontecer mais nas segundas-feiras. O mercado de ações, por exemplo, rende menos, diz um estudo das universidades de Chicago e da Pensilvânia (EUA) — supostamente, porque o otimismo dos investidores diminui durante o fim de semana. O número de suicídios aumenta, especialmente entre as pessoas de meia-idade, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia (EUA). E presta atenção nessa: os serviços de atendimento telefônico que dão informações sobre DSTs recebem um número maior de ligações, segundo pesquisadores da Universidade de Maastricht (Holanda) — o pessoal fica especialmente preocupado em ter contraído alguma coisa durante o fim de semana.

Mas o trânsito, ao contrário do que muita gente acha, é mais tranquilo nas segundas (e nas sextas) do que nas terças, quartas e quintas. Quem diz é o pesquisador britânico Tim Harford — e o palpite dele é que são esses os dias em que as pessoas escolhem faltar no trabalho.

E o nosso humor? Ele não sofre tanto quanto a gente acha com o início da semana. No livroStumbling on Happiness (no Brasil, O que nos faz felizes), o autor Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard (EUA), explica que, assim como superestimamos o quão felizes vamos nos sentir no dia do nosso aniversário, subestimamos nossa felicidade nas manhãs de segunda. Ou seja, você sempre acha que vai acordar querendo morrer — e continua achando, por costume —, mesmo que a realidade nunca seja tão ruim.

No fim das contas, a culpa é toda nossa. Um estudo da Universidade de Sidney (Austrália) aponta que gostamos de prever nosso humor para cada dia da semana — mas não somos bons nisso. Não gostamos das segundas-feiras porque nos prendemos à ideia de como achamos que vamos nos sentir na segunda-feira, e não em como realmente nos sentimos.

Ouviu? Então pare de fazer o coitadinho e dê uma animada aí. A segunda pode ser sua amiga.

(Vi lá no Barking up the wrong tree)

Crédito da foto: flickr.com/wainwright

Feia ou mais ou menos? Dá na mesma!





Uma pesquisa publicada no Jornal de Neuropsicologia, da University College, em Londres, analisou as partes do cérebro que acendiam quando as pessoas viam algo bonito, feio, ou neutro. Resultado: quando comparavam duas coisas, uma bonita e outra feia, duas regiões diferentes do córtex motor piscavam. Até aí, tudo bem, é bom que a gente saiba mesmo a diferença entre as duas coisas.

O curioso é que, quando comparava-se o neutro com o feio, nada acendia no cérebro. Não rolava atividade nenhuma! O que pode deixar a entender que um: coisas feias e blasés não nos estimulam (de jeito nenhum), ou dois: não diferenciamos o "mais ou menos" do "bem ruim".

De qualquer maneira, é um alerta pra quando você quiser dizer que pegou uma menina (ou menino) bonitinha(o) na balada. Bonitinha quer dizer mais ou menos. E agora, mais ou menos pode querer dizer outra coisa…

Frio faz nascer mais meninos





Sabe essa coisa de “muita mulher para pouco homem” (ou o contrário) que a gente vive ouvindo por aí? Então. É bem verdade que em certos lugares nascem mais homens e, em outros, mais mulheres. E o porquê, apesar de os cientistas pensarem sobre há tempos, nunca ficou muito claro. Mas a pesquisadora Kristen Navara, da Universidade de Geórgia (EUA), achou um fator bacana que interfere nessa dinâmica “vai ser menino ou menina?”: o clima.

Kristen analisou a latitude da capital de 202 países lado a lado a registros de nascimentos e variações climáticas num período de 10 anos em cada um desses locais. E achou coisa interessante nisso: no geral, países em zonas tropicais produzem menos meninos (51,1%) anualmente do que os em zonas temperadas e subárticas (51,3%). A diferença é pequena, mas pensa aí no que são 0,2% de BILHÕES de pessoas. Dá para ver que é bem significativa.

Nos 10 anos que o estudo cobriu, os países que produziram menos meninos (50,7%) foram os da África, superquentes. Já em países predominantemente frios da Europa e da Ásia, a porcentagem de machinhos nascidos foi a maior (51,4%). E esse padrão continuou forte apesar das enormes variações em estilo de vida e status socioeconômico de um lugar para outro. Coisa séria. (Dá para ler o estudo na íntegra aqui.)

Bebês gordinhos viram jovens mais pegadores





Um bebê gordinho faz um baita sucesso por aí. Aquela coisa de “ai, que bochechudo, que gostoso de apertar!” (as mulheres que o digam). Sorte dele, o tempo passa e o sucesso não diminui. De acordo com um estudo da Universidade de Northwestern (EUA), meninos que ganham peso rapidamente até os 6 meses de idade chegam à puberdade antes e, como adultos, são mais altos, mais musculosos e mais fortes. E, talvez como consequência disso tudo, eles também começam a vida sexual antes, o que rende um número maior de parceiros(as) durante a vida. O segredo do “sucesso”: a testosterona, cujos altos níveis (responsáveis por todos os efeitos acima) estariam, segundo os pesquisadores, ligados ao ganho rápido de peso nesses primeiros 6 meses.

Para chegar a esse resultado, o estudo analisou 770 voluntários filipinos, que foram acompanhados pelos cientistas do nascimento até, em média, os 21 anos. Então, é claro, até então a pesquisa só se aplica cientificamente às Filipinas. Mas tudo indica que o efeito se estenda ao resto do globo. “As diferenças entre os sexos não são apenas genéticas. Elas respondem ao ambiente e, em particular, à nutrição”, lembram os pesquisadores. (Ah, eles também fizeram testes com meninas, mas o efeito foi pouco significativo.)

Cocaína é encontrada no ar de cidades espanholas




Poluição que nada, cientistas descobriram que o ar de Barcelona e Madri contém pelo menos 5 tipos diferentes de drogas, sendo a cocaína aquela encontrada em maior quantidade.
Segundo a notícia, não há razões para se preocupar. A quantidade respirada não é suficiente para se intoxicar com a droga – "nem se as pessoas vivessem mil anos respirando o ar", disse um dos cientistas.
Para fazer os exames, os pesquisadores colocaram filtros em estações que testam regularmente o ar das cidades. Queria colocar um desses lá na Holanda, e você?


Respirar ar poluído engorda





Mais um efeito bem desagrádavel da poluição: ela pode deixar a gente mais rechonchudo. E até quem segue uma dieta saudável pode estar na mira.

Um estudo norte-americano, feito por pesquisadores das universidades de Ohio e de Nova Iorque, constatou que a exposição ao ar poluído no começo da vida – do nascimento até a adolescência – aumenta o acúmulo de gordura abdominal, os níveis de açúçar no sangue e aresistência à insulina (o que abre o caminho para a diabetes).

Isso, por enquanto, nos ratos. No estudo, os bichinhos que respiraram poluição ganharam bem mais peso do que os colegas que comeram as mesmas coisas, mas respiraram ar puro.

Segundo os cientistas, os níveis de poluição aos quais eles foram expostos se assemelham aos que são encontrados nas áreas urbanas dos Estados Unidos. Testes com humanos – que serão conduzidos em Beijing, na China – devem começam logo mais, para confirmar se o efeito é o mesmo. E porque exatamente isso acontece.

Emagrecer melhora a memória





Não se lembra se foram cinco ou seis os pedaços de bolo que você comeu ontem? Abre o olho que estão aí dois motivos para fechar a boca. O primeiro é que, cinco ou seis, você anda comendo demais. O segundo é que seu cérebro vai agradecer.

Um estudo da Kent State University, nos EUA, testou a memória de pessoas submetidas a cirurgias de redução de estômago 12 semanas após o procedimento. E bingo, ela melhorou.

A explicação é bem simples: estar acima do peso vem num pacotinho com vários outros fatores– pressão alta e diabetes, por exemplo – que prejudicam o desempenho do cérebro. Se você emagrece e se livra desses problemas, ele funciona melhor.

O próximo passo dos pesquisadores é checar se o efeito é igual nas pessoas que perdem peso de formas menos drásticas, sem cirurgia. Mas eles já sugerem que sim.

Jogar Angry Birds faz bem para o cérebro





Pode viciar nos seus joguinhos sem culpa. Um novo estudo de pesquisadores dos EUA diz que games como o Angry Birds fazem bem mais do que matar o tempo: melhoram a memória e podem prevenir (ou ao menos adiar) diagnósticos de Alzheimer.

A pesquisa foi feita com 65 pessoas, entrevistadas várias vezes ao longo da vida (desde os 6 anos) a respeito de seus hábitos e submetidas a exames de ressonância magnética.

Segundo os cientistas, os participantes que estimulavam o cérebro com frequência com atividades que pedem foco (e aí entram, além de atirar pássaros no smartphone, resolver palavras cruzadas ou mesmo ler e escrever bastante) desenvolviam menos as proteínas que causam o Alzheimer, chamadas amilóides — o que, além de afastar a doença, mantém a mente saudável e afiada por mais tempo.

Olha aí o REALIDADE MUNDIAL, mais uma vez, ajudando você a justificar a procrastinação. E aí, quais são os seus games preferidos?

Crédito da foto: flickr.com/carbonnyc

Homens realmente preferem as loiras




Um estudo feito com quase 250 homens em Londres confirmou o que Marilyn Monroe já sabia muitos anos atrás: as loiras fazem mesmo mais sucesso com o público masculino.

Pesquisadores da Universidade de Westminster (Reino Unido) armaram o teste: levaram uma mulher a três bares diferentes e ficaram à paisana observando quantas cantadas ela recebia. Ah, detalhe: antes de cada saída, ela pintava os cabelos de loiro, castanho escuro ou vermelho.

O resultado: loira, a moça foi abordada 60 vezes; morena, 42; ruiva, apenas 16.

Mas por quê? Em outro teste, feito pela mesma equipe de pesquisadores, voluntários tiveram que avaliar loiras, morenas e ruivas sob vários critérios (se pareciam inteligentes, arrogantesou promíscuas, por exemplo) observando apenas fotos das moças.

Dessa vez, as loiras não saíram tão na frente assim (foram as morenas, aliás, as eleitas como mais atraentes). Mas as platinadas foram avaliadas como mais “necessitadas” pela maioria dos homens — o que pode não agradá-las, mas talvez explique o aparente sucesso.

Crédito da foto: reprodução

Solidão realmente pode matar



Ninguém morre de amor. Mas se você estiver longe dos amigos e da família sua vida pode durar menos do que você espera. Por via das dúvidas, para fugir dos riscos, o REALIDADE MUNDIAL recomenda: convide um amigo para tomar um café imediatamente após ler este post.

É sério, uma pesquisa realizada por médicos americanos pode te convencer disso. Eles avaliaram se morar sozinho aumentava a chance de morrer. Entre as 45 mil pessoas investigadas – e mortas –, cerca de 20% levavam uma vida solitária. Viver sem amigos cortou, em média, 4 anos da vida dessa galera.

Segundo os pesquisadores, o isolamento social parece deixar as pessoas mais estressadas (os hormônios ficam desregulados), distantes do sistema de saúde e aumentar a chance de sofrer algum problema no coração. Além disso, viver sem ninguém acaba com a influência positiva que qualquer um pode causar em você (tipo quando alguém quer levantar o seu humor…).

Só fogem da regra os senhores com mais de 80 anos. Eles parecem não se abalar muito com a solidão. Não é pra menos, já imaginou quantas pessoas eles já viram ir embora? Dá quase pra se acostumar, né?

Outro estudo da Universidade da Califórnia acompanhou por seis anos mais de mil voluntários –solitários ou não. E chegou à mesma conclusão. Entre aqueles que se sentiam sozinhos, o risco de morte era quase 9% superior ao dos velhinhos cheios de amigos e as chances de ter algum problema nas atividades motoras subia quase 12%.

E aí, já marcou o café?

Crédito da foto: flickr.com/mkorchia

Baratas também precisam de amigas





Biólogos do National Center of Scientific Research, na França, estudaram dois tipos de baratas (Blattella germanica e Periplaneta americana – as duas bonitinhas convivem “bem” com a gente) para conhecer melhor os hábitos desses bichos. E descobriram que elas também têm uma vida social: reconhecem os membros da própria família e adoecem quando são abandonadas pelo grupo – as jovens solitárias levam muito mais tempo para se desenvolver e encontrar um parceiro.

Saber quem faz parte da família é bom para evitar o acasalamento com os irmãos. E elas só conseguem fazer isso por causa de alguns compostos químicos presentes na saliva e no corpo de cada uma.

A parte boa é que elas saem sozinhas em busca de comida e água – é por isso que raramente você se depara com uma porção delas no lixo da cozinha (só vale lembrar que, apesar da busca solitária, as baratas deixam rastros para que as coleguinhas encontrem a mesma fonte de comida). Mas, durante o dia, elas descansam juntinhas em rachaduras e buracos escuros. <3

(Via BBC)

Crédito da foto: flickr.com/southgate